Foi realizado em nossa Paróquia Bom Jesus de Piraporinha, no dia 10 de setembro de 2019 às 20h, o Estudo Litúrgico, com o tema: “Os materiais sagrados para a Celebração Eucarística” ministrado pelo seminarista Gustavo Laureano Pinto, que está no 3º ano de filosofia.
Após o Pe. Beto fazer a acolhida,a apresentação e oração, Gustavo iniciou citando uma passagem bíblica (Jo 19,32-42), onde José de Arimatéia e Nicodemos tiveram todo o zelo e cuidado para sepultar Jesus. Isso nos lembra do cuidado e zelo que temos com os objetos litúrgicos, as alfaias e os vasos sagrados utilizados na Celebração Eucarística.
Gustavo teve como base para este estudo, o documento Sacrosanctum Concilium, primeiro fruto do Concílio Vaticano II, cap. 7, dedicado a Arte Litúrgica, que diz que devemos sempre preservar um grande elemento que é a beleza, a nobre simplicidade.
No início do IGMR(Instruções Gerais do Missal Romano) já temos instruções para utilização desses objetos. Uma das características que os vasos sagrados devem ter é que sejam dourados ao menos por dentro e devem ser abençoados antes de serem usados.
Em grandes celebrações, costuma-se ter muitos vasos para serem purificados, se for oportuno, pode ser feito logo após o término da celebração.
Em algumas passagens bíblicas podemos identificar alguns objetos litúrgicos, como é o caso do cálice: “Erguerei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor (Sl 116,13)”; “Então pegou o cálice, deu graças e disse: Recebei este cálice e fazei passar entre vós” (Lc 22,17). Junto com o cálice, utiliza-se a patena (significa prato) para colocar a hóstia magna e também as partículas, se necessário.
Para colocar as partículas a serem consagradas utilizamos as âmbulas (significa ambulário – andar), que podemos chamá-las também de cibório(do latim cibos = alimento) ou píxedes (caixa).
Normalmente chamamos de alfaias, o sanguíneo utilizado para purificar o cálice e as ambulas; o corporal que é colocado sobre o altar no momento da consagração para serem colocados os objetos com o vinho e o pão e a pala para cobrir o cálice e proteger de alguma impureza; e por fim, chamamos de vasos sagrados aqueles que irão receber o Corpo e Sangue de Cristo.
Nas galhetas coloca-se o vinho e água que serão consagrados. O lavabo (bacia e jarro) é utilizado para a purificação das mãos do padre e faz parte do rito. A caldeirinha e asperge são utilizados na aspersão com água benta, que recorda o nosso batismo, podemos identificar em Ex 24,4-8, onde Moisés asperge o povo com o sangue. O turíbulo pode ser utilizado em todas as missas, normalmente o fazemos somente em solenidades, mas não há restrição quanto a isso, depende do pároco. Muitas vezes não temos em todas as missas pessoas preparadas para manuseá-lo, identificamos este objeto em Ap 8,1-4, gesto de oferecer um odor agradável a Deus junto com as orações. São incensados o altar, a cruz, o pão e vinho que serão consagrados, o padre, o povo, imagens de santos. O turíbulo é utilizado também em procissões.
Sobre os livros litúrgicos temos: o Missal que contém todas as orações eucarísticas, não contém as leituras, somente elementos da missa. Os lecionários são três: I Dominical, dividido em Ano A- Evangelho segundo São Mateus; Ano B –Evangelho segundo São Marcos e Ano C- Evangelho segundo São Lucas. O Evangelho segundo São João aparece em momentos fortes do tempo litúrgico. II Semanal é divido em ano ímpar e ano par, a primeira leitura e salmo são diferentes, porém o evangelho é o mesmo. III Santos, Comuns, Diversas Necessidades e Votiva. O Evangeliário que contém somente os evangelhos é utilizado sobretudo nas solenidades e festas.
O Círio Pascal é abençoado na celebração da Vigília Pascal, lembra a coluna de fogo do Antigo Testamento que acompanha o povo, pode ser incensado e acende-se durante todo o Tempo Pascal durante as celebrações eucarísticas e quando há sacramento da Primeira Eucaristia e Crisma.
Ao final do estudo houve um momento para perguntas dos participantes.
Que o Bom Jesus nos inspire sempre mais no desejo de aprendermos, a cada dia, sobre a Sagrada Liturgia.
Risocleide Matos
Pastoral Litúrgica
