44° Assembleia das Igrejas Particulres reflete: “Igreja em Saída”

Na tarde desta sexta-feira, dia 20, lideranças pastorais de todo o Estado de São Paulo estão em Indaiatuba, no Mosteiro de Itaici, para a 44ª edição da Assembleia das Igrejas Particulares (AIP).

Entre arcebispos, bispos, padres coordenadores diocesanos de pastoral, padres e religiosos assessores de pastorais, movimentos e serviços eclesiais, e leigos e leigas que representam o povo de Deus das seis arquidioceses e 36 dioceses paulistas e coordenam atividades pastorais no Estado, 169 inscritos refletem o tema “Igreja em saída: quais periferias reclamam nossas respostas e quais respostas daremos às periferias?”.

Representando a Diocese de Santo André estiveram o vigário para pastoral, Padre Everton Gonçalves, a secretária do Centro Pastoral Mércia Ferreira, a coordenadora da Pastoral da Acolhida Rizomar Matos e a coordenadora diocesana da Infância e Adolescência Missionária (IAM), Danielly Carvalho.

A abertura da assembleia incluiu uma celebração na capela central do Mosteiro, seguida por uma procissão até o auditório onde as sessões sobre o tema central ocorreriam. Dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto e vice-presidente do Regional Sul 1, destacou a importância do evento na caminhada eclesial, visando fortalecer a ação evangelizadora nas arquidioceses e dioceses.

Durante a sessão de abertura, um vídeo institucional apresentou a realidade eclesial, social e econômica do Estado de São Paulo, enfatizando a necessidade de um movimento de saída da Igreja para atender às periferias, conforme proposto pelo tema central.

A assembleia continuou até o domingo, dia 22, com a assessoria do Pe. Carlos Alberto Contieri, diretor do Pátio do Colégio e do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas em São Paulo. Os participantes foram divididos em sub-regiões pastorais, onde discutiram respostas e aprofundamentos para serem implementados em suas áreas até a próxima Assembleia, agendada para o segundo semestre de 2024.

O tema central da Assembleia, que enfatizou a importância de atender às periferias e refletir sobre o papel da Igreja na sociedade, foi abordado com profundidade. As diferentes sub-regiões apresentaram as periferias com as quais pretendem trabalhar com mais empenho e eficácia, buscando criar planos de ação concretos para atender às necessidades identificadas.

O encontro destacou a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja e a importância do serviço e do testemunho como parte fundamental da missão. Além disso, a necessidade de uma abordagem sinodal, promovendo o trabalho conjunto e a sinergia dentro da Igreja, foi destacada como um elemento essencial para fortalecer seu papel na sociedade.

A Assembleia das Igrejas Particulares reuniu líderes religiosos de todo o Estado de São Paulo em um compromisso sério de abordar questões cruciais e fortalecer o papel da Igreja na sociedade, atendendo às comunidades mais vulneráveis. O evento reforçou a importância da missão da Igreja em direção às periferias e a necessidade de uma abordagem adaptativa e criativa para compartilhar a Palavra de Deus.

Rizomar falou sobre os três dias de assembleia, ressaltando a importância do evento e da missão de acolher as periferias: 

“Uma experiência maravilhosa poder fazer parte de um evento que nos trás  a dimensão do nosso trabalho e o quanto ainda temos e podemos fazer. Participar da 44°Assembléia foi um gás nas ideias, foi ter ciência que não podemos parar e o melhor, o quanto a CNBB em conjunto com os milhares de fiéis faz para ajudar os menos favorecidos. Me deu a certeza que ACOLHER é sempre o primeiro passo. ACOLHER será a primeira resposta que podemos dar aos jovens de tantas periferias, pois como periferia que somos e vivemos não tem outro início a dar.”

Danielly também compartilhou suas impressões, enfatizando os desafios de ser uma “igreja em saída”:

“Foi uma alegria participar da 44ª Assembleia das Igrejas particulares com tema ‘Igreja em saída: Quais periferias reclamam nossas respostas e quais respostas daremos a periferias?’. Tal tema, vem ao encontro das atividades enquanto coordenadora da Infância e Adolescência Missionária, mas também possibilitou o discernimento do quanto é desafiador ser uma igreja em saída, principalmente com olhar misericordioso com as realidades do mundo inteiro. Os diversos momentos de partilha, reflexão e orações proporcionaram inquietação e ao mesmo tempo coragem para tantos Padres, Bispos, Religiosos e Leigos que assumiram o compromisso de chegar a aquelas periferias existenciais que mais precisam.”