Com alegria e esperança, somos convidados a celebrar o nascimento de Jesus. Tempo que recordamos a presença de Deus que se revela totalmente em seu Filho Jesus, firmando definitivamente uma aliança de amor. “Graças à misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos visitará, para iluminar os que jazem nas trevas e nas sombras da morte, e dirigir nossos passos no caminho da paz.” (Lc 1,78-79), e assim se fez e somos testemunhas.
Caminhando um pouco mais, indo além dos sinais externos festivos que nos circulam e iluminam, somos desafiados a nos deparar com uma realidade difícil. Estamos submersos numa profunda crise ideológica, sanitária e sobretudo de valores morais e éticos. Resta-nos firmar os nossos passos para que no âmbito religioso, de fé, a partir da espiritualidade que professamos, sejamos portadores de mais vida e esperança e ajudemos a restabelecer a justiça, a verdadeira fraternidade e a paz.
Para isso, aproveitemos este tempo novo, deixemo-nos envolver pela simplicidade do “presépio”, juntemos as nossas vozes para cantar as “maravilhas” de Deus que se faz presente na humanidade. Ele veio para nos animar no caminho, nos sustentar em nossas fraquezas, expandir um reinado de fraternidade.“Ide, sem medo, para servir”!
“O povo que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu.” (Is 9,1), sigamos a luz, que é Jesus, o Cristo de Deus, para construirmos uma sociedade melhor.
Mais um ano estamos encerrando, tempo de muitas perdas e sofrimentos. A pandemia da COVID 19não terminou, suas variantes varrem os países e infectam a humanidade. Por um longo tempo ainda teremos muitas pessoasfragilizadas pelas sequelas de tão grande surto pandêmico. Estejamos sempre alertas, utilizando as medidas preventivas, e lembremos que a vida é dom e preciosidade.
Para o novo Ano de 2022, muitos projetos renascem, alguns adormecidos, outros tantos que brotam da leitura da realidade. É hora de juntarmos as ideias, talentos e colocarmos em prática, em vista de uma evangelização amadurecida e consequente.Participe elencando as prioridades e cronograma para o Planejamento Pastoral.
Não podemos perder de vista que o binômio Acolhimento e Missão deve estar presente e marcar nossas ações evangelizadoras. A espiritualidade que nos move está pautada na contemplação da vidae alicerçada na fé. Somos uma comunidade que acredita, por issonos coloca em saída, para irmos ao encontro de nossos irmãos e irmãs.
No ano que se aproxima, teremos a oportunidade de celebrar e viver o Ano Diocesano Catequético, tenhamos a ousadia necessária para repensarmos a catequese paroquial, buscando metodologias e práticas que nos ajudem a viver a fé e edificarmos uma comunidade amadurecida na Palavra de Deus e na Doutrina Cristã Católica, que é nossa identidade. “A Revelação é a iniciativa amorosa de Deus e é orientada para a comunhão: Por esta revelação, o Deus invisível, na abundância de sua caridade, fala aos homens como a amigos e com eles convive, a fim de os convidar a comunhão com Ele e de nela os acolher”. (Diretório para a Catequese n. 12)
Estamos já vivenciando o Sínodo dos Bispos, alguns passos já foram tomados em nível diocesano e regional. A Igreja reconhece que a sinodalidade é parte integrante de sua verdadeira natureza. Com muita maturidade vamos incentivando nossos fiéis para que descubram o grande valor da “Comunhão, Participação e Missão.
Enfim, meus irmãos e irmãs, com um coração agradecido pela caminhada deste ano que termina, desejo que o Menino Deusrenasça em cada coração e em cada família, nos trazendo a alegria da Casa de Nazaré. Um feliz e Santo Natal e um Ano Novo cheio de alegrias e realizações.
Um fraternal abraço e muitas bênçãos.
Pe. Roberto Alves Marangon, “o menor entre vós”
Pároco