Dom Pedro celebra 46 anos de ordenação presbiteral e faz apelo por orações pelas vocações

Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano, comemorou 46 anos de ordenação presbiteral em 25 de fevereiro, celebrando a Santa Missa na Catedral Nossa Senhora do Carmo, em Santo André. A ocasião contou com a presença de Dom Luiz Antônio Cipollini, bispo de Marília e irmão de Dom Pedro, além de sua irmã, cunhado, o vigário geral e pároco da catedral, Padre Joel Nery, e o diácono transitório Willian Maia.

Na homilia proferida por Dom Pedro no segundo domingo da Quaresma, ele destacou a importância da conversão e da fé, enfatizando que a Quaresma é um tempo de preparação para a celebração da Páscoa da Paixão, morte e ressurreição de Jesus:

“Nesse segundo domingo da Quaresma, preparando-nos para celebrar a Páscoa da Paixão, morte e ressurreição de Jesus, somos novamente convidados à conversão, buscar a conversão. Conversão que é a palavra chave do tempo quaresmal. Todos sabemos que desde o batismo ressoa para nós através da Igreja, esse convite “Convertei-vos e crede no Evangelho”. A conversão é obra de Deus, porque só Deus pode mudar o nosso coração. Porém, Deus pede a nossa licença, pede a nossa colaboração, pede o nosso sim, pede que deixemos que Ele opere em nós a conversão. O que estamos fazendo aqui é um sim para que Deus nos converta.”

O bispo também abordou sobre o amor a Deus, citando Abraão como exemplo de fé e de amor incondicional a Deus. Ele criticou a idolatria ao dinheiro na sociedade contemporânea, comparando-a ao desejo de sacrifícios humanos de deuses antigos, e enfatizou que Deus deseja a vida, não sacrifícios.

“Deus quer ser amado sem medo, sem obrigação, mas com um amor filial. Em Cristo, somos filhos de Deus, e isso é prova do amor de Deus por nós”, explicou, destacando a importância do amor filial e da recusa de Deus a ser amado por medo ou obrigação.

Por fim, Dom Pedro falou sobre a vocação sacerdotal e a importância da comunidade em sua caminhada. Ele celebrou seus 46 anos de ordenação sacerdotal, agradecendo a Deus por sua vocação e encorajando as vocações dentro da Igreja. “Cada um recebe de Deus um chamado, uma vocação… Ninguém é cristão sozinho”, lembrou, incentivando os fiéis a descobrirem seus dons e a colocá-los a serviço dos outros, e enfatizando a necessidade de servir à Igreja e não de se servir dela. Ele concluiu sua homilia com um apelo à oração pelas vocações e pela perseverança dos que seguem o chamado de seguir Jesus.

“Expressamos nossa sincera gratidão pela sua missão incansável, marcada pela bravura de escutar a voz do Povo de Deus e de se fazer presente em todas as comunidades. Esse gesto espelha o anseio de edificar uma Igreja que, de fato sinodal, que caminha ao lado de seu povo, em busca de discernir os caminhos de Deus com verdadeira comunhão e participação ativa.”