A Paróquia São José, do Baeta Neves em São Bernardo do Campo, acolheu na tarde de sábado, 18 de maio, a celebração da profissão dos votos perpétuos de Irmã Raquel Taís da Costa, do Instituto das Pequenas Irmãs de Santa Teresa do Menino Jesus, e reuniu familiares, amigos, religiosas da congregação e os fiéis da comunidade paroquial, todos ansiosos para testemunhar este significativo passo na vida religiosa da irmã.
A celebração, que também marcou o encerramento das festividades do centenário de fundação do Instituto no Brasil, foi presidida pelo bispo docesano, Dom Pedro Carlos Cipollini, e contou com a presença de Irmã Maria Ritalba Sutti, Madre Geral do instituto, e do pároco, Padre Jean Rafael Eugênio Barros.
Após a leitura do Evangelho, ocorreu o rito da profissão perpétua, no qual Irmã Raquel respondeu afirmativamente às perguntas de Dom Pedro, comprometendo-se a viver os votos de castidade, obediência e pobreza. Durante a homilia, Dom Pedro destacou a importância do Pentecostes, afirmando:
“Foi o dia em que publicamente se manifestou que Jesus, quando começou a pregar o Reino de Deus com os seus 12 apóstolos missionários, já estava, como diz a Lumen Gentium, documento sobre a Igreja do Vaticano Segundo, iniciando a fundação da sua Igreja.”
O bispo fez um paralelo com o Antigo Testamento, onde Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos, e mencionou que, no Novo Testamento, Jesus nos deu o Espírito Santo, que “é derramado no nosso coração, na nossa inteligência, para que nós, a partir de dentro, observemos a lei do amor”. Em seguida, ele falou sobre a dinâmica da santidade proposta por Paulo na segunda leitura, enfatizando que, a partir do nosso batismo, somos chamados a viver uma vida nova no Espírito Santo. Nesse contexto, mencionou a consagração de Irmã Raquel, que respondeu ao chamado de se consagrar definitivamente a Deus pelos votos de pobreza, castidade e obediência.
Concluindo a homilia, Dom Pedro trouxe palavras do Papa Francisco aos religiosos, destacando a importância de nunca perder a maravilha do chamado. O Papa recordou que “na origem da vida cristã está a experiência do encontro com o Senhor Jesus, que não depende dos nossos méritos, mas do amor com que Ele vem nos procurar”. Dom Pedro reforçou que a vocação é um projeto de Deus para cada um de nós e que devemos ser audaciosos e corajosos na nossa missão, lembrando que “o Espírito Santo tirou o medo dos apóstolos”. Finalizou desejando coragem à Irmã Raquel, ressaltando que Deus ampara aqueles que são fiéis ao seu chamado.
Em um momento de profunda espiritualidade, Irmã Raquel prostrou-se ao chão enquanto a assembleia entoava a Ladainha de Todos os Santos, um gesto que simboliza a entrega total de sua vida a Deus. Em seguida, fez a leitura da fórmula da profissão perpétua e a assinou, juntamente com Dom Pedro e a Madre Geral. Dom Pedro concedeu a bênção da consagração à Irmã Raquel, pedindo a Deus que a guie e fortaleça em sua missão. A professanda recebeu então a cruz de Jesus Crucificado, símbolo de sua entrega e sacrifício pelo bem da Igreja e da humanidade.
A celebração eucarística seguiu com a liturgia da Eucaristia e, ao final da missa, Irmã Raquel foi cumprimentada por seus familiares, irmãs da congregação e os celebrantes, marcando o início de sua nova etapa de vida consagrada. Este momento foi uma ocasião de profunda gratidão e esperança para os presentes.
A Madre Geral, Irmã Maria Ritalba Sutti, declarou:
“Que o Bom Deus conceda à Irmã Raquel o dom da disponibilidade generosa e da perseverança, e ao nosso Instituto, o dom de novas vocações.”
Irmã Raquel expressou sua profunda gratidão ao Senhor por todas as bênçãos recebidas, especialmente pela vocação religiosa. Ela agradeceu ao bispo Dom Pedro e ao Padre Jean Rafael pela acolhida e a todos os sacerdotes e diáconos presentes. Sua gratidão estendeu-se à Madre Geral, Madre Maria Ritalba Sutti, e a todas as irmãs, especialmente aquelas que a acompanharam na formação. Ela também agradeceu aos pais, Nair e Geraldo, à irmã Rafaela, familiares e amigos que sempre a sustentaram com amor e oração. Citando o Livro do Eclesiástico, reconheceu o valor da amizade e agradeceu a Deus por todas as vidas que fizeram parte da sua. Por fim, agradeceu a todos os presentes que acreditaram em sua vocação e rezaram com ela.
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